Jornada Paulista de Oftalmologia (UNICAMP)

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO DAS MEDIDAS REFRATOMETRICAS OBTIDAS COM AUTORREFRATOR PORTATIL E METODOS CONVENCIONAIS DE REFRAÇAO EM ESCOLARES: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Resumo

INTRODUÇÃO: O principal objetivo da triagem visual em crianças em idade escolar é a detecção de erros de refração, que são a principal causa de deficiência visual em todo o mundo.
OBJETIVO: Avaliar o desempenho de um autorrefrator portátil como refrator e ferramenta de triagem para erros refrativos na faixa etária escolar.
MÉTODOS: Estudo observacional transversal, realizado no ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (HC/FCM/UNICAMP). As medidas refratométricas de crianças de 5 a 10 anos foram obtidas por meio de quatro métodos: 2WIN® em condições não cicloplégicas e 2WIN®, autorrefrator convencional e retinoscopia, em condições cicloplégicas. Foram avaliadas as correlações e concordância entre os métodos e a acurácia do autorrefrator portátil para definir a prescrição de óculos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HC/FCM/UNICAMP (CAAE: 13922619.4.0000.5404).
RESULTADOS: A média de idade ± desvio padrão (DP) foi de 6,87 ± 1,42 anos. Encontrou-se uma correlação de 0,77 entre os métodos em relação ao equivalente esférico, mas correlação não significativa foi encontrada para os vetores de astigmatismo (-0,07 para J0 e 0,10 para J45). O autorrefrator portátil sem cicloplegia mostrou alta correlação com a retinoscopia, embora valores refratométricos de alta hipermetropia fossem subestimados e valores refratométricos de alto astigmatismo fossem superestimados. Em relação à triagem para prescrição de óculos em comparação com o método de referência “retinoscopia”, a sensibilidade do autorrefrator portátil sem cicloplegia foi calculada em 100,00% e a especificidade, em 34,3%.
CONCLUSÕES: A despeito de o autorrefrator portátil sem cicloplegia apresentar boa correlação com a retinoscopia, ele tende a subestimar a hipermetropia e superestimar o alto astigmatismo. Portanto, deve ser usado como uma ferramenta de triagem e, diante de possível prescrição de óculos, esses achados devem ser levados em consideração.

Área

Refração

Autores

JULIANA ALBANO DE GUIMARAES, NILZA MINGUINI, KEILA MIRIAM MONTEIRO CARVALHO