Jornada Paulista de Oftalmologia (UNICAMP)

Dados do Trabalho


Título

CONDUÇAO DE CASO DE PSEUDOTUMOR ORBITARIO EM HOSPITAL ESCOLA

Resumo

O pseudotumor orbitário é uma doença inflamatória idiopática benigna que pode afetar qualquer tecido orbitário. As manifestações clínicas são muito variáveis, contudo as mais comuns são dor à movimentação ocular, proptose e sintomas inflamatórios locais. O diagnóstico ocorre através da associação da história clínica, exame físico e exames complementares, sendo feito por exclusão de outras causas inflamatórias. O tratamento é realizado, principalmente com uso de corticoides, com indicação de radioterapia caso seja refratário a corticoterapia. No caso relatado, verificou-se melhora importante de proptose após corticoterapia, reforçando diagnóstico de pseudotumor orbitário.

Objetivo
Relatar caso de Pseudotumor orbitário (PO) e a forma como foi conduzido em um hospital de alta complexidade.

Relato do Caso
Paciente masculino, 20 anos, comparece ao serviço com piora de proptose em olho esquerdo há 4 horas. Negava traumas oculares recentes. Ao exame, apresentava hiperemia conjuntival e quemose difusa, córnea com perda total de transparência. Foi solicitada tomografia que evidenciou imagem com densidade e forma semelhante a do globo ocular e aventou-se a hipótese de hematoma ocular. Posteriormente, foi realizada arteriografia cerebral, que não evidenciou alterações no estudo dos vasos extra e intracranianos, sendo descartadas etiologias vasculares. Além disso, exames laboratoriais não evidenciaram alterações em parâmetros inflamatórios ou discrasias sanguíneas que justificassem o quadro. Com a piora da proptose e após afastar outras hipóteses diagnósticas, foi optado pela prescrição de prednisona 60 mg/dia como teste terapêutico, com resposta satisfatória, o que reforçou a hipótese diagnóstica de PO. Como se tratava de um paciente SPL em olho com proptose residual, optou-se pela indicação de enucleação, sendo peça enviada para anatomopatológico, que evidenciou estruturas oculares com hemorragia e atrofia; ausência de malignidade. No momento, paciente com melhora clínica, em seguimento ambulatorial em programação para adaptação de prótese ocular.

Área

Órbita

Autores

EDSON MITSURO KATO JUNIOR, KELLEN CRISTIANE DO VALE LUCIO, VICTOR RIBEIRO DE SANT’ANA, ELIANE CHAVES JORGE, EDSON NACIB JORGE, GABRIELA PACHU DE OLIVEIRA ZAMPIERI , ROBERTA TOVO BORGHETTO ABUD, NICOLE NOGUEIRA RODRIGUES , MARIANA AYUSSO SOUBHIA, ALINE APIS, VINICIUS HATTORI RODRIGUES MIRA, JÚLIA COSTA GARCIA, MARIANA CÓZIMO NUNES, ANDRÉ LUIZ SITA E SOUZA BRAGANTE, LUIZA BOAVA SOUZA